segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Arroz, feijão, saúde e educação. CIEP e educação em horário integral.

Educação de frente para as comunidades. As escolas denominadas CIEP´s(Centro Integral de Educação Pública) foram construídas no Governo Leonel Brizola, dentro da concepção educacional de Darcy Ribeiro e com arquitetura de Oscar Niemeyer, estavam equipadas para trabalhar com a proposta de educação em horário integral, possuem refeitório/cozinha, quadra coberta polivalente de esportes com vestiários, sala de leitura com acervo em livros e revistas, salas de aulas diferenciadas, laboratórios, Professores e Funcionários. Em algumas unidades funcionam também nas suas dependências mini-postos de sáude. Educação de qualidade não é favor, é condição necessária para mudar essa realidade social, econômica e cultura tão desigual na qual vivemos atualmente. Educação não é gasto, é investimento! Mais ainda, e através da Educação e da escola pública que as políticas inclusivas alcançam a sua maior eficácia e consistência.
Posted by Picasa

Arroz, feijão, saúde e educação. Educação de frente para a comunidade...

Educação "de frente" para o Complexo da Maré. Literalmente as escolas estão nas comunidades, são abertas e o seu espaço está ocupado por alunos, professores, diretores, funcionários, pais e responsáveis. A escola é o espaço da cidadania.
Posted by Picasa

Arroz, feijão, saúde e educação - Batalhão de frente para L. Vermelha...

Linha Vermelha, céu azul, Batalhão da Maré "de costas" para o Complexo da Maré.
Posted by Picasa

Arroz, feijão, sáude e educação! Hospital do Fundão

Esta foto é do "Hospital do Fundão" (HUCFF- Hospital Universitário Clementino Fraga Filho). Toda essa "metade" visível do edifício está abandonada há mais de dez anos. Isso mesmo, metade da infraestrutura do hospital está vazia de médicos, equipamentos e pacientes. Em frente, no primeiro plano, obra de construção de um restaurante universitário. Por que há dinheiro para o restaurante e não há para o hospital?
Posted by Picasa

Problemas na Cidade do Rio de Janeiro - jogo dos sete erros

Você é observador? Quantos problemas de falta de ordem urbana que ferem a cidadania podem ser visto nesta imagem? Av. Dom Hélder Câmara, à esquerda Maria da Graça e à direita Higienópolis.
Posted by Picasa

domingo, 20 de janeiro de 2008

Problemas na Cidade do Rio de Janeiro

Agora em detalhe: o sinal de trânsito está escondido pelo poste, fiação elétrica e a árvore.
Posted by Picasa

Problemas na Cidade do Rio de Janeiro

Você é observador? Veja detalhe o sinal de trânsito escondido pela árvore e pelo poste cheio de fiação. O local? Av. Dom Hélder Câmara, muito próximo da estação metrô Maria da Graça, no bairro de Higienópolis. Este sinal orienta a passagem dos pedestres que utilizam o metrô e precisam atravessar a avenida.
Posted by Picasa

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Rio de Janeiro: IPTU, imagens e palavras. Parte I

Saudações Geográficas aqui da Cidade Maravilhosa de São Jorge - O Guerreiro e de São Sebastião do Rio de Janeiro. Os cidadãos de várias partes da cidade estão se mobilizando para questionar os valores do IPTU - Imposto Predial e Territorial Urbano que foram modificados pela administração da cidade - Sr. Prefeito César Maia. Há um crescente movimento de questionamento das mudanças no imposto que está acontecendo em várias regiões da cidade. Nos dias atuais, quem vive na cidade maravilhosa tem a impressão que a cidade está abandonada. Os que andam na superfície, de carro ou de ônibus podem ver que ela está suja de todo o tipo de lixo. Para quem anda de metrô, helicóptero ou em carro oficial com os vidros filmados, ar condicionado e motorista, talvez ela se revele somente naquilo que ainda resiste. A sua internacionalmente reverenciada e belíssima paisagem natural. Impressão de abandonada porque não há poda de árvores, que muitas vezes estão tapando os sinais de trânsito. Não há recapeamento asfáltico decente para todas as regiões e vias. Há sim em algumas ruas e avenidas da zona sul. No restante da cidade não há nem sinalização com os nomes das ruas, avenidas, viadutos e bairros. Não há faixa de pedestre e não há também uma padronização nos tipos de semáforos. No subúrbio em geral a percepção de abandono é maior porque maiores são os exemplos de como uma administração pública abandona as suas obrigações de manter e zelar pelo bem público, por aquilo que é de todos os cariocas que aqui vivem e trabalham. Vejam nas fotos alguns exemplos. Todo esse descaso e abandono estão corroendo a cidadania e a alma dos cariocas. A percepção é a de que todo o sistema político está distante e pouco se importando para tudo o que está acontecendo. Mesmo aqueles políticos, vereadores e deputados, que procuram se aproximar da realidade do cidadão e lutar pelas melhorias na saúde, na educação, no transporte e na segurança são literalmente atropelados, ora pelos meandros corporativos das suas "casas", ora pela "autoridade" do executivo que diz que não acata, não cabe no orçamento e fim de papo.

sábado, 12 de janeiro de 2008

A queda na qualidade da Educação Pública no Rio de Janeiro

Saudações Geográficas aqui da Cidade maravilhosa de São Jorge - o Guerreiro e de São Sebastião do Rio de Janeiro, Prezados Leitores, O histórico sucateamento técnico, a inércia na utilização e a ausência das, já não tão novas assim, TIC’s, a desvalorização monetária do trabalho do Professor e a submissão da discussão pedagógica aos ditames de uma política educacional que está interessada em “aliviar” o sistema, impondo a aprovação automática, contribuem para explicar a queda da qualidade da Educação Pública. Sem dúvida que podem explicar, porém existem outras questões que só aqueles que estão lá na sala de aula, na regência de turmas durante quatro anos no EF que se somam a mais três do EM, podem apontar. A grade curricular do Município do Rio de Janeiro estipula para os Professores(as) de Geografia, História e Ciências, três tempos de aulas por semana por turma. Já os Professores(as) de matemática e português trabalham, em média, com cinco tempos/turma, até ano passado eram seis. Os outros tempos estão destinados para EF, Artes e agora para o CEST (centro de estudos para o aluno, onde um Professor(a), muitas vezes é o professor de português e matemática, vai trabalhar com essas aulas de CEST.. (fui extremamente generoso na definição do cest). Na prática essa distribuição de tempos implica que o Professor(a) de Geografia vai trabalhar com quatro turmas e o de português com duas. Duas vezes mais alunos, duas vezes mais trabalho de correção de tarefas e maiores dificuldades na dia-a-dia, mas o mesmo salário pois o tempo de trabalho concreto dos dois professores é igual. Mas não é só esse detalhe que discute o que é relativo na jornada de trabalho dos Professores, a redução de tempos dessas disciplinas é na essência caduca, pois Geografia, História e Ciências também trabalham com os conteúdos da matemática e da língua. As aulas de Geografia também contribuem para o desenvolvimento de habilidades e competências. Então, por que essa diferença? Por que a política pedagógica não rompe com a concepção de que quem ensina português é o Professor de língua portuguesa e quem ensina matemática é o Professor de matemática? A quem isso interessa? Mas a questão é maior ainda e é isso que temos que revelar, ou seja, há também uma concepção, inserida na implantação e desenvolvimento das propostas político-pedagógicas, que procura insistentemente e metodicamente desqualificar a Escola Pública. A Escola Pública é para o pobre continuar a ser pobre e trabalhar como pobre? É para mantê-lo subserviente e ignorante frente aos seus direitos e deveres como cidadão. Como já disse Pedro Demo, o sistema não teme o pobre que tem fome, teme o pobre que sabe pensar e refletir. Então é isso, “a Geografia [que nós sabemos] - isso serve, em primeiro lugar, para fazer a guerra!” Mas não é a guerra das armas ou das jihads é a guerra da consciência: do perceber – conceber e poder representar o seu viver. É para poder ter uma noção de espaço e tempo além do interior e exterior. A geografia faz mal ao sistema, pois contribui em muito para que o aluno/cidadão possa se situar no tempo e no espaço? O conhecimento é muito valioso, essa é a nossa concepção, as disciplinas de história e geografia têm muito a contribuir para que os alunos percebam a sua identidade e a sua localização no tempo e espaço. O ensino da Geografia no EF e no EM é potencialmente revolucionário no sentido de permitir ao aluno a discussão e a concepção das questões inerentes ao [seu] espaço. Sejam elas até mesmo separadas pela velha dicotomia da geografia humana ou física. Hoje, “como nunca antes nesse país”, ela possibilita a percepção do espaço e dos seus objetos concretos (seja um rio, objetos numa favela ou um rio poluído dentro de uma favela) e dos diferentes fluxos que cortam e marcam esse espaço (seja uma linha de transmissão de energia, seja a realização de uma feira na rua ou seja no vai-e-vem das pessoas diariamente. O ensino da Geografia vai trabalhar com a abstração e as diferentes relações que se estabelecem entre esses objetos e seus fluxos para possibilitar [pelos alunos] a elaboração das suas representações, inclusive em espaço/tempo mais ampliados. Do local ao global. Um fato que vem acontecendo nas últimas duas décadas é a diminuição do tempo de permanência do aluno e do Professor na escola através da diminuição da grade curricular e dos tempos/horas de aulas diárias. Não se discute a implantação do turno integral. Não se promove a implantação gradual do turno integral. Não se cria ou transforma uma escola por ano para o turno integral. Por que será? Dessa forma, o processo de ensino-aprendizagem que é resultado de uma integração dialética entre o instrutivo e o educativo cujo propósito essencial é contribuir para a formação integral da personalidade do aluno/cidadão fica somente nas “costas” do Professor(a). O que eu quero afirmar é que instruir e educar, no processo ensino-aprendizagem atual das maiorias das escolas, está sendo colocado como uma tarefa do somente do Professor(a). E isso com turmas de mais de 40 alunos! E isso com um grande percentual de Professores ainda carentes de serem capacitados continuamente. No modelo atual, de 4 horas e meia de permanência do aluno na escola, a própria escola e o seu espaço-tempo estão cada vez mais se distanciando de uma educação integral: onde educar e instruir sejam as metas a serem alcançadas. Uma evidência disso é a concepção do uso da informática [educativa]. A prática concebida pelas políticas educacionais, em todas as esferas de governo, é “equipar” as escolas com laboratórios e “fim de papo”. Com isso acreditam que estão promovendo a inclusão digital e que vá proporcionar uma mudança no processo ensino-aprendizagem e na própria qualidade da educação. Acreditam que isso é uma escola “moderna”. Não é bem assim! Não basta equipar uma escola com um laboratório de informática. Aliás, um laboratório de informática na escola é um “elefante para matar formigas”. Junto dele deveria vir a palavra “educativa”, i.e., “laboratório de informática educativa”. O LIED é uma sala de aula que além de contribuir para a consolidação e constituição do conhecimento é também uma sala de aula que agrega e converge as mídias(rádio-escola, jornais, imagens, etc) da escola além de capacitar professores e alunos para o uso da tdic´s (tecnologias digitais de informação e comunicação). São três possibilidades concretas e é preciso que haja um Professor(a) capacitado para gerenciar e promover o seu uso dentro desse contexto educativo. Porém, não é isso o que vem acontecendo. Saudações, Marcos Aurélio Bassolli Alves

O que você acha que vale mais: a imagem ou a palavra?

Saudações Geográficas aqui da Cidade Maravilhosa de São Jorge - o Guerreiro e de São Sebastião do Rio de Janeiro, Prezados Leitores(as), Nesta semana recebi um e-mail de um amigo, ex-funcionário da Petrobrás e Professor de História, com uma imagem e um desafio. “Você é bom observador”? Era uma fotografia de um posto de gasolina de bandeira BR Distribuidora. Olhei atentamente para a imagem procurando algo ou alguma coisa, quem sabe nos valores de combustíveis ou algum carro especial, Observei as cores, procurei algo de estranho na imagem, mas nada me chamou a atenção. Tudo parecia normal, mas o desafio do e-mail não queria dizer isso. Para minha sorte, no e-mail além do desafio e da fotografia havia também um áudio, no anexo, com as explicações de Joelmir Beting. Abri o áudio e então fiquei sabendo que aquela fotografia estava em todos os crachás de um seminário da Petrobrás e que, somente no último dia o seu significado fora revelado, i.e., até então nenhum dos participantes, especialista da área do petróleo ou da imprensa, havia questionado nada naquela imagem, ela era normal, absolutamente normal. Não era nada normal, era a manifestação de toda a audácia da ilegalidade que está por todos os setores no Brasil. Ela é uma prova fotográfica do perigo que o cidadão de bem passa todos os dias nesse país. Essa "bandidagem" em todas as esferas, níveis e escalas é o resultado de muitos vetores que nós da Geografia conhecemos muito bem. Ela se encontra, "como nunca antes nesse país", casada com situações específicas de interpretação e aplicação das leis que impõem aos cidadãos de bem todo esse espetáculo de "prende e solta" que assistimos todos os dias pelas mídias. Mas o que havia de errado com a foto. Simples, o posto era pirata e o “layout” da bandeira um “fake” do logotipo da Petrobras Distribuidora que é o BR numa faixa verde amarela. Explico melhor, o posto tem um 13 mais as letras BR, ou seja, ele é legalmente um posto 13 R! Céus, quanta imaginação para burlar a lei e lesar os cidadãos. Pano rápido, então depois de afirmar que as favelas eram fábricas de bandidos e propor o controle da natalidade nesses lugares, o governo Sérgio Cabral Filho propõe acabarmos com a garupa na motocicleta para atacarmos a "onda" de violência que banha os cidadãos do Rio de Janeiro - banha mais os cidadãos que não são "autoridade”. E aí, vocês acham que o fim da garupa vai diminuir a "onda de violência que nos atinge" ou é mais um factóide ou uma declaração equivocada, preconceituosa ou pré-concebida a não dar em nada ante os limites legais? O que vale mais a imagem ou a palavra? Saudações, Prof. Marcos Aurélio Bassolli Alves