Saudações Geográficas aqui da Cidade Maravilhosa de São Jorge, o Guerreiro e de São Sebastião do Rio de Janeiro,
Eu também vou dar um pitaco nessa questão. Já li e assisti diferentes fontes prós e contras a obra.
Penso, logo existo e por isso opino que o grande x da questão é que não nos sentimos, povo trabalhador, parte do processo decisório nem beneficiários diretos dos prós dessa e de outras obras que afloram pelo Brasil afora.
Aqui mesmo na Cidade do Rio de Janeiro e no Estado do Rio de Janeiro estamos vivendo uma constelação de obras onde bilhões de reais estão sendo gastos ou investidos, depende do cristal com que se mira, copo cheio ou copo vazio. Estamos em pleno horário de verão para economizar energia. Para quem gastar. pergunto eu? Para o pobre trabalhador que agora acorda bem mais cedo (5 horas da manhã na verdade são 4 da manhã)? Ou será que é para pouparmos energia para os shopping centers ou aqueles imóveis caríssimos da zona sul e da Barra da Tijuca ostentarem as suas vibrantes decorações natalinas?
Vão demolir a perimetral e construir um túnel e estão reformando o Maraca, obra que seria melhor feita se o jogassem ao chão e fizessem outro. Dois exemplos de como se gasta dinheiro sem consultar a população. Custo-benefício duvidosos frente ao estado lamentável da educação e da saúde do nosso estado e da nossa cidade. Na baía de Sepetiba outro exemplo com a instalação de uma siderúrgica que faz o papel do estado na região oeste. "Antes da siderúrgica não tinha nada aqui, agora tem asfalto, praça, emprego, posto de saúde e tudo que a gente precisa". "A gente vai morrer mesmo mas pelo menos agora temos isso tudo" - Depoimento de morador local. Pano rápido.
Belo Monte vai gerar energia para quem? Quem paga essa obra e quem venderá essa energia? Ela é relevante e pertinente para o Brasil e para o lugar-região? Tantas perguntas, uma só certeza: a obra vai em frente a despeito de todos os protestos e movimentos.
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