A questão das chuvas, deslizamentos e alagamentos na Cidade Maravilhosa de São Jorge, o Guerreiro e de São Sebastião do Rio de Janeiro é fenômeno natural e fato social.
Fenômeno natural porque para a nossa Geografia alagamentos e deslizamentos, após grandes aguaceiros de verão, é algo normal, faz parte da nossa natureza. Deve ser por isso que aqui existiam muitas lagoas, charcos e mangues.
Fato social porque o homem desmontou morros e aterrou as lagoas, os charcos e os mangues, também encaixotou os rios, derrubou as matas, impermeabilizou o solo, fez a cidade crescer, vertical e horizontalmente, de forma avassaladora, sem planejamento e com muito vácuo do "poder público".
Em crônica de 1915, Lima Barreto já alertava para esse descaso que o então Prefeito Pereira Passos, preocupado em embelezar a cidade, descurava “completamente em solucionar esse defeito do nosso Rio”.
Muito tempo e chuva passaram pela Rua do Senado, Praça da Bandeira e outros tantos lugares que continuaram a alagar agora mais ainda já que estão entupidos também pela nossa falta de educação e cidadania com a questão do lixo, reflexo ou ação imediata ao imobilismo imoral das nossas atuais autoridades nessa questão (vide baixada fluminense).
Resta-nos torcer para que São Pedro não arraste os móveis e outras chuvaradas de verão não nos atinja, o que se acontecer será completamente natural.
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