Não entendi. Homens bebem mais do que as mulheres, não é? Então, por que temos mais banheiros para as mulheres do que para os homens? Dois a um pra elas nesses banheiros instalados na Cinelândia.
vivendo no Rio de Janeiro
Não entendi. Homens bebem mais do que as mulheres, não é? Então, por que temos mais banheiros para as mulheres do que para os homens? Dois a um pra elas nesses banheiros instalados na Cinelândia.
Esse múltiplo e precário acampamento-alojamento está na Cinelândia, mais precisamente na Rua Pedro Lessa, ao lado do Centro Cultural da Justiça Federal. Que cidade é essa? Que política pública é essa?
O zêlo com os jardins que estão em processo de revitalização pós Rio +20 não consegue esconder o que está acontecendo no MAM – Museu de Arte Moderna. Ali, os seus jardins suspensos foram privatizados para festinhas e agora para bailes de carnaval. Com a palavra os seus mantenedores (Light e Petrobrás), direção e autoridades da Cidade.
Hoje, adaptando-nos à antecipação da folia, passamos a publicar aqui no blog imagens e registros do que há de bom, irreverente e também de transtornos que a folia do carnaval vem trazendo para a nossa cidade. Abrindo alas esse flagrante da inoperância dos nossos agentes de trânsito e da nossa política e polícia de tráfego que na manhã de hoje também se viram surpreendidos pelo bloco que desfilava na Cinelândia. O resultado foi esse aí da foto.
Algumas fotos do elevado do Joá estão circulando na rede. Elas mostram o elevado estágio de deterioração das suas estruturas. Não, não sou engenheiro o que não me impede de dar um pitaco nessa questão.
O Joá é um exemplo, no entanto não é só o Joá, estamos vivendo numa cidade onde prédios desabam, ruas alagam, bueiros explorem, o esgoto continuamente jorra sob nossos pés e sobre nossas calçadas e ruas, nosso ar é poluído porém pouco falado ou comentado, nossas lagoas estão poluídas, nossa baía de Guanabara agoniza juntamente com muitos rios das sua bacia hidrográfica, nossas calçadas estão tomadas pelo comércio (ilegal ou não), partes imensas e outras pontuais porém valorizadas estão sendo, levianamente porque são do públicas, passadas para a iniciativa privada, seus meios de transporte público estão martirizando diariamente a população trabalhadora, vários dos sus bens culturais estão abandonados e descurados e... vou parar por aqui sem falar na saúde e educação!
Mas é carnaval e o povo vai pra rua festejar e comemorar! O quê eu não sei, só sei que é assim e eu também, criteriosamente, vou escolher dois ou três blocos pra ver passar e quem sabe, me deixar levar pela folia.
Cáustico? Não, apenas crítico porque é aqui que eu vivo.
O Parque do Aterro do Flamengo, no trecho entre o Monumento aos Pracinhas e o Museu de Arte Moderna está ocupado por numerosa população de rua. Ali eles vivem desamparados por qualquer tipo de ação social ou de ordem pública. Os muitos turistas que visitam esses lugares são obrigados a conviverem com essa realidade que os moradores da cidade e usuários do Parque há muito denunciam às nossas autoridades. Será que os mantenedores do MAM – Museu de Arte Moderna (Light e Petrobrás) não se incomodam em terem a sua imagem vinculada à tamanho abandono? Será que a direção do MAM e a direção do Monumento aos Pracinhas não conseguem, com o apoio dos órgãos competentes, resolver essa questão? Será que é para taparmos a nossa visão e olfato e não nos incomodarmos?
Em todos os lugares encontramos esse tipo triste de exemplo para a cidade. Em plena Praça Tiradentes, recém reformada, encontramos esse entulho. No fundo da foto, outro entulho que já publicamos aqui mesmo no blog. Trata-se da reforma “para breve” do Centro de Referência do Artesanato Brasileiro, obra a cargo do SEBRAE que tem essa placa informando “para breve” há mais de dois anos"!!!!
Já está mais do que na hora de repensarmos esse monta-e-desmonta de tendas para eventos na cidade. Agora essa monstruosidade esconde o Theatro Municipal. Isso é feio e não deveria acontecer.
Choveu muito forte ontem à noite em todas as regiões da cidade. Na Glória e no Parque do Aterro do Flamengo as consequências do temporal eram visíveis.
Não sabemos ao certo os motivos mas a imagem do nosso Santo Padroeiro está sendo conduzida pela cidade. Aqui a imagem passa pela Avenida Henrique Valadares, centro da cidade.
A questão das chuvas, deslizamentos e alagamentos na Cidade Maravilhosa de São Jorge, o Guerreiro e de São Sebastião do Rio de Janeiro é fenômeno natural e fato social.
Fenômeno natural porque para a nossa Geografia alagamentos e deslizamentos, após grandes aguaceiros de verão, é algo normal, faz parte da nossa natureza. Deve ser por isso que aqui existiam muitas lagoas, charcos e mangues.
Fato social porque o homem desmontou morros e aterrou as lagoas, os charcos e os mangues, também encaixotou os rios, derrubou as matas, impermeabilizou o solo, fez a cidade crescer, vertical e horizontalmente, de forma avassaladora, sem planejamento e com muito vácuo do "poder público".
Em crônica de 1915, Lima Barreto já alertava para esse descaso que o então Prefeito Pereira Passos, preocupado em embelezar a cidade, descurava “completamente em solucionar esse defeito do nosso Rio”.
Muito tempo e chuva passaram pela Rua do Senado, Praça da Bandeira e outros tantos lugares que continuaram a alagar agora mais ainda já que estão entupidos também pela nossa falta de educação e cidadania com a questão do lixo, reflexo ou ação imediata ao imobilismo imoral das nossas atuais autoridades nessa questão (vide baixada fluminense).
Resta-nos torcer para que São Pedro não arraste os móveis e outras chuvaradas de verão não nos atinja, o que se acontecer será completamente natural.