segunda-feira, 7 de abril de 2008

Educação de Qualidade e valorização do Professor.

Saudações Educativas aqui da Cidade Maravilhosa de São Jorge, o Guerreiro e de São Sebastião do Rio de Janeiro, O Professor(a) precisa ser valorizado e essa valorização precisa começar pelo valor da sua hora/aula. Não dá mais para engolir o discurso de que o Estado (seja ele municipal, estadual ou federal) não tem condições de bancar um reajuste substancial no valor da hora/aula do Professor(a). Não dá mais para o professor(a) ganhar de R$ 5 a R$ 10 reais por hora aula! Quanto ganha um Professor(a) do Estado de São Paulo ou do Rio de Janeiro em hora aula? Quanto ganha um Professor do Município de São Paulo ou do Rio de Janeiro em hora aula? Outra questão crucial para a valorização do Professor e para a qualidade da Educação Pública é o número máximo de alunos em sala de aula. Não dá para falar em qualidade na educação com turmas de 40 ou mais alunos. Sei que existem municipalidades desse imenso Brasil que podem não se enquadrar nesse pressuposto, mas somos uma República Federativa e, nesses casos, o Governo Federal poderia intermediar o alcance desse objetivo. O governo até esboçou alguma ação nessa direção ao tentar o piso nacional para os Professores. Só que esse piso de R$ 800,00 para uma jornada de 40 horas semanais significa um valor de R$ 5,00 a hora/aula. Recursos para isso existem, ou alguém ainda duvida disso? Outra situação que muito contribui para a perda da qualidade na Educação Pública diz respeito ao tempo de permanência do aluno na Escola. Os atuais modelos de gestão do tempo e espaço na escola impõem uma carga horária mínima de apenas um turno, ou seja, de 4 a 5 horas diárias na escola. Isso é muito pouco e também contribui para uma grade curricular atrofiada que pressupõe apenas dois tempos de aulas semanais para Geografia, História, Biologia, Química e Física (Estado do Rio de Janeiro). O que estamos percebendo e concebendo, porque vivemos na escola, é que os programas educacionais para a Educação Pública, decorrentes da implantação de uma política educacional, quando inscritos na rubrica “valorização” do Professor(a), estão direcionados, quando estão, a apenas equipar as escolas com laboratórios de informática e ponto final. Equipar uma escola com um laboratório de informática pode ser, na maioria dos casos, usar um “elefante para matar uma formiga”. Não basta colocar um laboratório [de informática] na escola sem antes capacitar os professores para o seu uso. Um laboratório de informática não é a mesma coisa que um laboratório de informática educativa. Mesmo quando alguns professores são capacitados, o uso do LIED é reduzido porque as condições de gerência do tempo e espaço na escola dificultam o seu uso na prática pedagógica. Como levar uma turma de 45 alunos para um laboratório com dez computadores? Como inserir atividades naquela sala de aula com dois tempos de aulas semanais por turma? Como inserir o uso do li se o aluno fica apenas 4 horas e meia na escola? Antes que apareça alguém dizendo que isso é possível, queremos afirmar, com todas as letras, que é necessário um Professor(a) capacitado para a sua gerência. Nessa gerência também está incluído o suporte à prática pedagógica dos demais professores e a capacitação de Professores e alunos para o uso educativo daquela sala de aula, transformando assim um laboratório de informática num laboratório de informática educativa e contribuindo decisivamente para a inclusão digital. Um laboratório de informática educativa é uma sala de aula em que a proposta interdisciplinar pode acontecer. Ela converge as mídias, ou seja, não é só a informática, é também a imagem, o som e as suas possibilidades de uso na prática pedagógica. Ela é uma sala de aula que de fato liga a escola, o ponto, ao mundo, a rede.

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