sexta-feira, 21 de março de 2008

Dengue no Rio de Janeiro

Este é o Sr. Wilson, catador de lixo, no seu trabalho árduo sob o sol e o calor desse final de verão numa praia da Ilha do Fundão. Seleciona e cata lixo plástico para vender a R$ 0,20 o quilo. Como o plástico não pode ser comprimido como as latas o volume da sua coleta-trabalho é significativo. Como significativo também é o resultado desse esforço na aparência do meio ambiente. Se mais cem Senhores Wilsons nós tivéssemos mais rapidamente essa praia e enseada belíssimas estariam. Não que eu considere essa a solução para esse problema. Penso que precisamos avançar e sair da inércia que nos levou a sermos o país dos catadores de latinhas de alúminio, e agora dos plásticos. A solução é mais ampla que o trabalho do Sr. Wilson. Ah, o que a Dengue tem com isso? Bem, é que o trabalho do Sr. Wilson retira do meio ambiente uma quantidade significativa de locais propícios à proliferação do vetor da dengue - o mosquito Aedes.
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segunda-feira, 10 de março de 2008

Projeto Interdisciplinar - Declaração Universal dos Direitos Humanos. Estatutos do Homem

Os Estatutos do Homem (Ato Institucional Permanente)A Carlos Heitor Cony Artigo I Fica decretado que agora vale a verdade. agora vale a vida, e de mãos dadas, marcharemos todos pela vida verdadeira. Artigo II Fica decretado que todos os dias da semana, inclusive as terças-feiras mais cinzentas, têm direito a converter-se em manhãs de domingo. Artigo III Fica decretado que, a partir deste instante, haverá girassóis em todas as janelas, que os girassóis terão direito a abrir-se dentro da sombra; e que as janelas devem permanecer, o dia inteiro, abertas para o verde onde cresce a esperança. Artigo IV Fica decretado que o homem não precisará nunca mais duvidar do homem. Que o homem confiará no homem como a palmeira confia no vento, como o vento confia no ar, como o ar confia no campo azul do céu. Parágrafo único: O homem, confiará no homem como um menino confia em outro menino. Artigo V Fica decretado que os homens estão livres do jugo da mentira. Nunca mais será preciso usar a couraça do silêncio nem a armadura de palavras. O homem se sentará à mesa com seu olhar limpo porque a verdade passará a ser servida antes da sobremesa. Artigo VI Fica estabelecida, durante dez séculos, a prática sonhada pelo profeta Isaías, e o lobo e o cordeiro pastarão juntos e a comida de ambos terá o mesmo gosto de aurora. Artigo VII Por decreto irrevogável fica estabelecido o reinado permanente da justiça e da claridade, e a alegria será uma bandeira generosa para sempre desfraldada na alma do povo. Artigo VIII Fica decretado que a maior dor sempre foi e será sempre não poder dar-se amor a quem se ama e saber que é a água que dá à planta o milagre da flor. Artigo IX Fica permitido que o pão de cada dia tenha no homem o sinal de seu suor. Mas que sobretudo tenha sempre o quente sabor da ternura. Artigo X Fica permitido a qualquer pessoa, qualquer hora da vida, uso do traje branco. Artigo XI Fica decretado, por definição, que o homem é um animal que ama e que por isso é belo, muito mais belo que a estrela da manhã. Artigo XII Decreta-se que nada será obrigado nem proibido, tudo será permitido, inclusive brincar com os rinocerontes e caminhar pelas tardes com uma imensa begônia na lapela. Parágrafo único: Só uma coisa fica proibida: amar sem amor. Artigo XIII Fica decretado que o dinheiro não poderá nunca mais comprar o sol das manhãs vindouras. Expulso do grande baú do medo, o dinheiro se transformará em uma espada fraternal para defender o direito de cantar e a festa do dia que chegou. Artigo Final. Fica proibido o uso da palavra liberdade, a qual será suprimida dos dicionários e do pântano enganoso das bocas. A partir deste instante a liberdade será algo vivo e transparente como um fogo ou um rio, e a sua morada será sempre o coração do homem. Santiago do Chile, abril de 1964 Thiago de Mello thiago.de.mello@uol.com.br Informações e letra obtidas em: ttp://www.revista.agulha.nom.br/tmello.html com acesso em 10 de março de 2008, a partir de www.google.com.br através da pesquisa "Estatutos do Homem".

Apontamentos para a percepção e concepção do trabalho interdisplinar na Educação.

Neste ano trabalharemos nas escolas com projetos interdisciplinares referentes a muitos fatos e datas significativas. Olimpíadas de Pequim, Dia Internacional da Mulher, 50 anos de Bossa [sempre] Nova, 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos e 200 anos da chegada da Famíllia Imperial no Brasil são alguns exemplos. A universalização do acesso às novas tecnologias de informação e comunicação pelos estudantes está inserida na permanente construção de uma sociedade onde as relações pessoais e profissionais são cada vez mais “midiáticas”. A explosão do uso do celular, agora cada vez mais multimídia, é um bom parâmetro para a reflexão sobre a universalização do uso das [continuamente] novas tic´s e dos seus reflexos e possibilidades de uso na prática pedagógica. As diversas manifestações culturais também vêm se apropriando dessas novas tecnologias e a educação pública de qualidade passa a requerer não somente o seu uso, mas também uma reflexão crítica sobre a sua linguagem e os seus discursos subjacentes assim como sobre as pré-condições para a sua inserção na prática pedagógica dos professores(as). Essa prática pedagógica, no contexto de uma escola “midiática”, requer ser interdisciplinar, o todo sendo maior que a soma das suas partes. Nessa direção, a prática pedagógica dos Professores(as), pressuposta de forma interdisciplinar, pode ser realizada (operacionalizada) no dia-a-dia da escola a partir de uma reorganização do currículo por projetos, ainda que as condições de gerência do t&e da escola não contribuam efetivamente para isso. A concepção de função do educador que queremos valorizar não se restringe à persuasão ou a transferência de informações, mas aquela que colabora para o exame das bases sociais e ambientais da vida que interferem nas condições de saúde.

domingo, 9 de março de 2008

Apropriação privada do espaço público. Descaso e abandono. Enseada da Glória.

A obra foi embargada pelo IPHAN e pela opinião pública, seguiu-se o seu abandono mas as estacas e o canteiro de obras ainda estão lá oferecendo perigo e impedindo a vista da paisagem pelos cidadãos cariocas, ou não, que frequentam o lugar.
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Apropriação privada do espaço público, nem a Baía da Guanabara escapa

Mais um domingo de sol e calor na cidade. Cariocas de todas as partes do Brasil vão para as ruas, parques, praças e praias. Na Marina da Glória, um dos mais belos recantos dessa cidade, ainda estão cravados os alicerces do que seria mais uma apropriação privada de um espaço público. Aqui, com a desculpa da necessidade de se construir as instalações para as provas náuticas do Pan Rio 2007, fincaram essas pilastras para essa obra que foi devidamente embargada pelo IPHAN. Não sem antes haver muita "briga" na jsutiça e na mídia. O pan já se foi mas esse acinte continua a nos lembrar da ganância que envolve o uso do solo na Cidade. Nesse mesma fotografia podemos ver as "tendas" que privatizam o outro lado da enseada, local da Marina da Glória.
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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Praia de Copacabana

O Botafogo venceu o Fluminense no sábado pelo placar de 2 a zero. O Maracanã e a Praia de Copacabana são alguns dos lugares globais da metrópole do Rio de Janeiro. São conhecidos em todos o mundo e contribuem para que a percepção internacional da cidade aconteça. A Praia de Copacabana tem as suas peculiaridades. Uma delas é essa extensa faixa de areia que vai do calçadão até o mar. Aqui, contrariando todas as tentativas de padrão higiênico e urbanístico, sobrevivem e proliferam as barracas para vendas de bebidas e comidas, de todos os tipos e bandeiras.
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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Fachada de firma de segurnaça

Isso é que é projeto arquitetônico. Essa fachada pode ser encontrada no Bairro de São Cristóvão e é de uma firma de segurança. Super significativo, não é?
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CHUVAS DE VERÃO, ano de 2008.

No ano de 1968 fortes chuvas atingiram o Rio de Janeiro. Vinte anos depois, em 1988, novamente forte chuvas causaram enchentes, deslizamentos e vítimas. Agora estamos em 2008 e corremos o risco desse ciclo se repetir. Será que a Cidade está preparada? Será que o Estado do Rio está preparado? Já ocorreram, nesse início de ano, fortes chuvas na região serrana que causaram enchentes, deslizamentos e vítimas. Estamos torcendo para que essas chuvas tão intensas não aconteçam.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Apropriação privada do espaço público.

Parque do Flamengo, o Restaurante Rio´s (rede porcão) ocupa uma parte da calçada que é pública. É feio, irregular e impede a vista da paisagem.
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Praias do Rio de Janeiro

O domingo amanheceu com uma névoa úmida que aos poucos foi se dissipando. Lá por volta do meio dia o céu não estava totalmente sem nuvens mas o sol já dominava a paisagem. A praia do Flamengo fica no Aterro do Flamengo, o "central park" para quem vive no flamengo, catete, glória, lapa, centro e adjacências. Aliás, o Parque do Flamengo é patrimônio querido de todos os habitantes dessa cidade, é popular e de fácil acesso para muitos. A sua praia não é apropriada ao banho, conforme boletim da FEEMA, mas mesmo assim está sempre cheia e com muitos banhistas. Nesse domingo a sua água estava até limpa aos olhos.
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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Investimentos na cidade, cidade da música

Barra da Tijuca, Av. Ayrton Senna, ao fundo da imagem podemos ver mais um "investimento" da prefeitura - a construção da "cidade da música". A gestão do Prefeito está sendo marcada, dentre outras coisas, pela construção das "cidades": do samba, da música, das crianças... Ao mesmo tempo, na cidade de todos, o vendedor de balas corre contra o intervalo vermelho do sinal de trânsito para vender as suas balas e garantir a sua sobrevivência.
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A cidade, a cidadania e a qualidade de vida.

O Rio de Janeiro é uma cidade fantástica. Sua natureza e seu povo são especiais. O que queremos é uma cidade bem cuidada para os seus cidadãos, para todos sem exeção. Aqui na Avenida Dom Hélder Câmara, altura da estação Maria da Graça, temos mais um flagrante de falta de manutenção dos serviços básicos que envolvem a cidadania. O sinal de trânsito está na foto, você viu? Ele está apagado? Não, ele está encoberto pelas árvores. Para piorar a situação esse sinal está em frente a uma escola e os acidentes são frequentes, muitos deles graves e com vítimas.
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domingo, 3 de fevereiro de 2008

Investimentos no Rio de Janeiro

A indústria da construção civil vive um grande momento também na Cidade do Rio. Na Barra da Tijuca a construção de edifícios e condomínios vai de "vento em popa" adicionando novos objetos, os fixos, e gerando novos fluxos no espaço e na paisagem. Será que o sistema de águas e esgotos está preparado para esse crescimento? Será que o trânsito e o sistema de transporte público estarão preparados para esse crescimento? Será que o sistema energia e de transmissão de dados e informações está também preparado?
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sábado, 2 de fevereiro de 2008

Vendedor de pipas.

E o sol chegou neste sábado de carnaval. Na areia, o vendedor de Pipas, enriquecendo com seu trabalho a paisagem da praia da Barra, altura da reserva. Na praia pescadores amadores, vendedores de pipas, muitas crianças, pessoas conversando ou lendo um livro, mar de água limpa e fria mas não gelada, algumas oferendas para Iemanjá e simplesmente o som do mar. Essas condições fazem da praia da Reserva, na Barra, uma das melhores praias do Rio de Janeiro.
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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Destruição da Amazônia

Apesar dos grandes fluxos migratórios realizados pela população brasileira ao longo da sua história recente. Apesar de ser objeto de estudos de inúmeros cientistas e organismos nacionais e internacionais. Apesar de ser fotografada por tudo quanto é tipo de satélite e ser retratada pela mídia. Apesar de estar presente em todo discurso ecológico a destruição da Amazônia continua a estar muito distante da população brasileira. A percepção dessa destruição não atinge a grande maioria das pessoas, apesar do seu conhecimento, parece que a Amazônia fica muito distante do dia-a-dia. Quando vou trabalhar a Amazônia com os meus alunos, seja em qualquer período, uso sempre a música “Saga da Amazônia” de Vital Farias, escutamos a música com e sem a letra e depois realizamos outras atividades como produção de texto (resenha, poesia, música, glossário), pesquisa, uso da imagem, enquetes e uso de outros programas no lied-laboratório de informática educativa. Agora, mais do que nunca ou como sempre na história desse país, a destruição da Amazônia está nas primeiras páginas e na pauta dos discursos das nossas autoridades, estes nem sempre afinados. A letra dessa música e de muitas outras que eu utilizo nas minhas aulas foi obtida através do site http://www.webletras.com.br/ . Para quem não conhece e para aqueles que já conheciam e não tinham a letra: Vital Farias - Saga da Amazônia Era uma vez na Amazônia a mais bonita floresta mata verde, céu azul, a mais imensa floresta no fundo d'água as Iaras, caboclo lendas e mágoas e os rios puxando as águas. Papagaios, periquitos, cuidavam de suas cores os peixes singrando os rios, curumins cheios de amores sorria o jurupari, uirapuru, seu porvir era: fauna, flora, frutos e flores. Toda mata tem caipora para a mata vigiar veio caipora de fora para a mata definhar e trouxe dragão-de-ferro, prá comer muita madeira e trouxe em estilo gigante, prá acabar com a capoeira. Fizeram logo o projeto sem ninguém testemunhar prá o dragão cortar madeira e toda mata derrubar: se a floresta meu amigo, tivesse pé prá andar eu garanto, meu amigo, com o perigo não tinha ficado lá. O que se corta em segundos gasta tempo prá vingar e o fruto que dá no cacho prá gente se alimentar? depois tem o passarinho, tem o ninho, igarapé, rio abaixo, tem riacho e esse rio que é um mar. Mas o dragão continua a floresta devorar e quem habita essa mata, prá onde vai se mudar??? corre índio, seringueiro, preguiça, tamanduá tartaruga, pé ligeiro, corre-corre tribo dos Kamaiura. No lugar que havia mata, hoje há perseguição grileiro mata posseiro só prá lhe roubar seu chão castanheiro, seringueiro já viraram até peão afora os que já morreram como ave-de-arribação. Zé de Nata tá de prova, naquele lugar tem cova gente enterrada no chão. Pois mataram índio que matou grileiro que matou posseiro disse um castanheiro para um seringueiro que um estrangeiro roubou seu lugar. Foi então que um violeiro chegando na região ficou tão penalizado que escreveu essa canção e talvez, desesperado com tanta devastação pegou a primeira estrada, sem rumo, sem direção com os olhos cheios de água, sumiu levando essa mágoa dentro do seu coração. Aqui termina essa história para gente de valor prá gente que tem memória, muita crença, muito amor prá defender o que ainda resta, sem rodeio, sem aresta era uma vez uma floresta na Linha do Equador...