sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Destruição da Amazônia

Apesar dos grandes fluxos migratórios realizados pela população brasileira ao longo da sua história recente. Apesar de ser objeto de estudos de inúmeros cientistas e organismos nacionais e internacionais. Apesar de ser fotografada por tudo quanto é tipo de satélite e ser retratada pela mídia. Apesar de estar presente em todo discurso ecológico a destruição da Amazônia continua a estar muito distante da população brasileira. A percepção dessa destruição não atinge a grande maioria das pessoas, apesar do seu conhecimento, parece que a Amazônia fica muito distante do dia-a-dia. Quando vou trabalhar a Amazônia com os meus alunos, seja em qualquer período, uso sempre a música “Saga da Amazônia” de Vital Farias, escutamos a música com e sem a letra e depois realizamos outras atividades como produção de texto (resenha, poesia, música, glossário), pesquisa, uso da imagem, enquetes e uso de outros programas no lied-laboratório de informática educativa. Agora, mais do que nunca ou como sempre na história desse país, a destruição da Amazônia está nas primeiras páginas e na pauta dos discursos das nossas autoridades, estes nem sempre afinados. A letra dessa música e de muitas outras que eu utilizo nas minhas aulas foi obtida através do site http://www.webletras.com.br/ . Para quem não conhece e para aqueles que já conheciam e não tinham a letra: Vital Farias - Saga da Amazônia Era uma vez na Amazônia a mais bonita floresta mata verde, céu azul, a mais imensa floresta no fundo d'água as Iaras, caboclo lendas e mágoas e os rios puxando as águas. Papagaios, periquitos, cuidavam de suas cores os peixes singrando os rios, curumins cheios de amores sorria o jurupari, uirapuru, seu porvir era: fauna, flora, frutos e flores. Toda mata tem caipora para a mata vigiar veio caipora de fora para a mata definhar e trouxe dragão-de-ferro, prá comer muita madeira e trouxe em estilo gigante, prá acabar com a capoeira. Fizeram logo o projeto sem ninguém testemunhar prá o dragão cortar madeira e toda mata derrubar: se a floresta meu amigo, tivesse pé prá andar eu garanto, meu amigo, com o perigo não tinha ficado lá. O que se corta em segundos gasta tempo prá vingar e o fruto que dá no cacho prá gente se alimentar? depois tem o passarinho, tem o ninho, igarapé, rio abaixo, tem riacho e esse rio que é um mar. Mas o dragão continua a floresta devorar e quem habita essa mata, prá onde vai se mudar??? corre índio, seringueiro, preguiça, tamanduá tartaruga, pé ligeiro, corre-corre tribo dos Kamaiura. No lugar que havia mata, hoje há perseguição grileiro mata posseiro só prá lhe roubar seu chão castanheiro, seringueiro já viraram até peão afora os que já morreram como ave-de-arribação. Zé de Nata tá de prova, naquele lugar tem cova gente enterrada no chão. Pois mataram índio que matou grileiro que matou posseiro disse um castanheiro para um seringueiro que um estrangeiro roubou seu lugar. Foi então que um violeiro chegando na região ficou tão penalizado que escreveu essa canção e talvez, desesperado com tanta devastação pegou a primeira estrada, sem rumo, sem direção com os olhos cheios de água, sumiu levando essa mágoa dentro do seu coração. Aqui termina essa história para gente de valor prá gente que tem memória, muita crença, muito amor prá defender o que ainda resta, sem rodeio, sem aresta era uma vez uma floresta na Linha do Equador...

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