sexta-feira, 25 de janeiro de 2008
Ministros, ministérios, amazônia, soja, Davos...
Saudações prezados leitores(as),
O governo constatou que o desmatamento da amazônia em 2007 bateu todos os recordes da história. Seria pertinente também afirmarmos que nunca antes na história desse país se desmatou tanto a amazônia como agora?
E não é só a amazônia é tudo em qualquer lugar. A voracidade com que a ganância do capital intefere no meio ambiente não é nenhuma surpresa, nem aqui e nem agora.
A questão é a incapacidade dos governos, nas suas mais variadas esferas, em impedir ou reprimir essa situação. Nisso, ele se mostra totalmente incapaz e inoperante o que é contraditório já que os mecanismos de controle e monitoramento estão aí, totalmente disponíveis para o governo.
Não são poucos os ministérios, institutos, ong´s e outros setores do governo e da sociedade que possuem as ferramentas de monitoramento do desmatamento e do uso do solo como um todo. As imagens de satélite estão disponíveis e o governo tem amplo acesso a elas.
A questão é a incapacidade operacional de impedir antes que aconteça. Não é por falta de leis ou legislação ambiental. Não é por falta de planejamento e zoneamento econômico-ecológico, nem por desconhecimento de causa.
Então o que está acontecendo?
Uma das respostas está sendo dado pelo bate-boca entre o ministro da agricultura e a do ambiente. O ministro Reinhold Stephanes e a minsitra Marina Silva ajudam, através do seu debate, a desvendar um pouco esse processo de desmatamento da amazônia.
O avanço dos agronegócios internacionais sobre a Amazônia, sobre o Cerrado, sobre o Pantanal, sobre a Mata Atlântica e sobre o São Francisco e o Madeira estão na essência da questão.
O paradigma "desenvolvimentista", não está superando apenas o da conservação, preservação e da ecologia ele está superando também os limites da lei e de um projeto para o país, para o futuro do país. Há um projeto para o futuro do país?
Em todas as escalas, do local ao global, ano após ano estamos vendo a degradação do meio ambiente e da qualidade de vida.
Agora mesmo no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça especialistas estão reunidos e apontando para o fim das barreiras comerciais, notadamente no setor do agronegócios. Ainda sofremos com barreiras comerciais dos países ricos e isso também contribui para a pressão sobre a amazônia e o ambiente. Lá estão Al Gore e Bono Vox afirmando mais uma vez que precisamos investir na preservação e na conservação, nas leis de proteção, enfim, numa mudança de paradigma.
Penso que já está mais do que na hora do Brasil mudar os seus paradigmas e um bom começo seria o de fazer valer as suas leis, seja para quem for.
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