sábado, 12 de janeiro de 2008

O que você acha que vale mais: a imagem ou a palavra?

Saudações Geográficas aqui da Cidade Maravilhosa de São Jorge - o Guerreiro e de São Sebastião do Rio de Janeiro, Prezados Leitores(as), Nesta semana recebi um e-mail de um amigo, ex-funcionário da Petrobrás e Professor de História, com uma imagem e um desafio. “Você é bom observador”? Era uma fotografia de um posto de gasolina de bandeira BR Distribuidora. Olhei atentamente para a imagem procurando algo ou alguma coisa, quem sabe nos valores de combustíveis ou algum carro especial, Observei as cores, procurei algo de estranho na imagem, mas nada me chamou a atenção. Tudo parecia normal, mas o desafio do e-mail não queria dizer isso. Para minha sorte, no e-mail além do desafio e da fotografia havia também um áudio, no anexo, com as explicações de Joelmir Beting. Abri o áudio e então fiquei sabendo que aquela fotografia estava em todos os crachás de um seminário da Petrobrás e que, somente no último dia o seu significado fora revelado, i.e., até então nenhum dos participantes, especialista da área do petróleo ou da imprensa, havia questionado nada naquela imagem, ela era normal, absolutamente normal. Não era nada normal, era a manifestação de toda a audácia da ilegalidade que está por todos os setores no Brasil. Ela é uma prova fotográfica do perigo que o cidadão de bem passa todos os dias nesse país. Essa "bandidagem" em todas as esferas, níveis e escalas é o resultado de muitos vetores que nós da Geografia conhecemos muito bem. Ela se encontra, "como nunca antes nesse país", casada com situações específicas de interpretação e aplicação das leis que impõem aos cidadãos de bem todo esse espetáculo de "prende e solta" que assistimos todos os dias pelas mídias. Mas o que havia de errado com a foto. Simples, o posto era pirata e o “layout” da bandeira um “fake” do logotipo da Petrobras Distribuidora que é o BR numa faixa verde amarela. Explico melhor, o posto tem um 13 mais as letras BR, ou seja, ele é legalmente um posto 13 R! Céus, quanta imaginação para burlar a lei e lesar os cidadãos. Pano rápido, então depois de afirmar que as favelas eram fábricas de bandidos e propor o controle da natalidade nesses lugares, o governo Sérgio Cabral Filho propõe acabarmos com a garupa na motocicleta para atacarmos a "onda" de violência que banha os cidadãos do Rio de Janeiro - banha mais os cidadãos que não são "autoridade”. E aí, vocês acham que o fim da garupa vai diminuir a "onda de violência que nos atinge" ou é mais um factóide ou uma declaração equivocada, preconceituosa ou pré-concebida a não dar em nada ante os limites legais? O que vale mais a imagem ou a palavra? Saudações, Prof. Marcos Aurélio Bassolli Alves

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