quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

A indústria do seguro de automóveis

Não sei o termo "indústria" é o mais apropriado para definir os procedimentos envolvidos na contratação de um seguro para automóveis na Cidade do Rio de Janeiro. Também reconheço que não sei se estes procedimentos ocorrem ou são rotineiros em outras grandes cidades do Brasil. O fato é que pagamos um preço exorbitante em relação ao valor do carro e somos submetidos a uma série de perguntas e questionários que deveriam apontar o maior ou o menor "risco" de sinistro e indenização. O primeiro item é o CEP: dependendo do CEP onde o veículo pernoita o valor do seguro será maior ou menor. Isso é uma falácia ridícula pois é senso comum e um verdadeiro "espírito de época" de que não há lugar seguro na Cidade do Rio de Janeiro. Isso quer dizer que você pode estar saindo de sua casa no Leblon ou Cosme Velho ou então no Cachambi ou em Maria da Graça , não importa o lugar, em qualquer lugar você pode ser assaltado. Lugar errado na hora errada. São inúmeros os relatos e casos que comprovam esse ponto de vista. Outro item é o total de km percorridos mensalmente. Você anda menos tem menos chance de sofrer um sinistro. Sim é verdade. É legal esse tipo de argumento? Não sei, mas sei que é imoral. Como também como é imoral e espero que seja ilegal também você ser questionado se usa o veículo para estudar ou como meio de transporte para o colégio, faculdade ou pós-graduação. O que é isso? Se você é estudante e quer ter carro terá que pagar mais pelo seguro, só por essa condição? É isso mesmo?! São outros tantos itens e situações coercitivas que dá vontade de chutar o balde e sair dessa Cidade ou então não ter carro ou então não ter seguro de nada. Mas ainda existe um item mais sórdido: pessoas que moram com o principal condutor do veículo não podem ter entre 18 e 24 anos pois se isso ocorrer o valor do seguro será maior. Que capitalismo é esse? Qual é a posição do Procon, da Defesa do Consumidor, da SUSEP, e do TSE? Até quando vamos pagar por esses absurdos?

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